Olá galera, e dando continuidade ao projeto aqui estamos nós!
Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas pela demora na postagem e dar uma explicação.
Essa postagem deveria ter sido feita pela Admin_SN, mas ela está com problemas pessoais de de saúde e não pôde fazer isso, então estamos fazendo apenas agora.. Tivemos que redistribuir tudo, mas agora aqui está e as postagens serão feitas aos domingos.
Queremos agradecer a resposta positiva de todos os seguidores do blog ao projeto desde o início. Muito obrigada.
Quem quiser ler a primeira parte, basta CLICAR AQUI.
Agora vamos lá!
1x06 - Skin
Skin nos mostra um lado de normalidade da vida que Sam levava, os amigos que ele tinha o que leva Dean a achá-lo um cara muito estranho.. Isso é engraçado. O fato de ter amigos e uma vida social, é considerado estranho pelo Dean, e não o contrário..Pra Dean o estranho é ter amigos e não levar uma vida solitária...Skin mostra uma parte da normalidade da vida de Sam que Dean nunca presenciou. Skin mostra o que Sam sempre sonhou em ter e lhe foi tirado. Entretanto Dean mostra com uma verdade nua e crua que relacionamentos baseados em mentiras sempre acaba mal. Seja que tipo de relacionamento for. Seja namoro ou seja amizade. Nada baseado em mentiras ou meias-verdades funciona. Aqui o monstro foi muito, mas muito bem apresentado que tivemos o retorno desse tipo de criatura em temporadas futuras e com muitos bons roteiros, o “shapeshifter”, o metamorfo. Foi aqui tb que Dean se torna procurado pela polícia.
Existem coisas de bastidores muito interessantes sobre Skin. A primeira delas é claro o Jensen sem camisa!! Hehe.. Ele meio que teve um “revival” dos dias em Days On Our Lives, onde de cada 10 aparições ele estava sem camisa em 8. Mas sério, a cena de Jensen tendo que tirar a camisa foi motivo de piada interna e muita malhação por parte do ator. E claro existem coisas menos “tietes”. Como o fato que durante a luta entre Sam e Dean/Shapeshifter a música tocada é "Poison Whiskey" de Lynyrd Skynard e que durante a exibição do episodio nos EUA a ativação do “closed caption” a legenda pode ser vista. Música perfeita pra aquele momento. E temos também o fato que nos primeiros minutos do episódio quando a SWAT está entrando na casa, a música tocada é "In-A-Gadda-Da-Vida” de Iron Butterfly, que homenageia o filme “Manhunter” de 1986 onde esse cenário foi visto pela primeira vez.
E acima de tudo Skin nos traz um vislumbre do que de fato se passava na cabeça do Dean e de como ele meio que via o relacionamento entre John, Sam e ele próprio..Pra mim uma frase que diz tudo sobre o que Dean pensava: “Acha que eu não tinha os meus sonhos?”. Dean ama Sam, muito, mas também é muito magoado com o irmão. Mas Sam sabe que Dean é muito melhor que isso e por nenhum momento duvida que Dean vai fazer a coisa certa.
O episódio termina com os dois caindo na estrada novamente, e claro que Sam finalmente é honesto com seus amigos e consigo mesmo. Tudo isso ao som de All Right Now.. Nada mais Supernatural que isso.
1x07 – Hook Man e 1x08 - Bugs
Hook Man e Bugs foram episódios “pipoca com cerveja”, como gosta de descrever Sera Gamble.
Hook Man não acrescentou nada especial, a não ser o fato de que Sam ainda estava muito ferido com a perda da Jéssica. No meu modo de pensar Hook Man só serviu para concretizar ainda mais o tom dos personagens e reforçar que Dean e Sam eram uma dupla “azeitada” e engrenada. Que eles tinham jeitos totalmente diferentes de agir, mas que que quando estavam “trabalhando” eles eram uma equipe que conhecia cada passo um do outro.
Tivemos momentos tipicamente entre irmãos no episódios, brincadeiras, coisas leves, nada muito revelador e envolvente. Foi um episódio no mínimo morno. Exceto pelo fato que Sam ainda estava muito abalado com a morte de Jéssica e que tudo ainda era muito perturbador pra ele. E como sempre Dean é uma biblioteca ambulante sobre filmes, séries e livros. Ele se autodenomina “Matlock”, se referindo ao cara fodão do seriado de mesmo nome da década de 80.
E temos Bugs, o episódio que grande parte do fandom simplesmente diz: deveria nem ter existido. E olha que tinha tudo pra dar certo sob a batuta de Kim Manners, o plot era bom, mas realmente ficou sofrível. Mas apesar de muitos o considerarem um episódio ruim, eu tiro uma parte muito importante nele: Sam fica sabendo que seu pai não o odiava, Dean revela a ele que mesmo de longe John olhava por ele, cuidava dele e se importava com ele. Dean mostra a Sam que John o amava e que nunca se decepcionou com ele. Esse fato deixa nosso Sammy surpreso e com mais vontade ainda de ver seu pai novamente. Por outro lado mostra bem nítido qual era a relação entre John e Sam e o que Dean pensava sobre o que é ser “um bom filho”.
Na parte que era para ser uma grande homenagem à Alfred Hitchcock as coisas ficaram muito ruins. É a parte onde os insetos descem pela chaminé (numa clara referencia ao filme The Birds quando os pássaros descem pela chaminé na casa da família) e invadem a casa. Uma cena fraca, mal editada, nem parece coisa de Kim Manners. Mas pra mim ainda não é o pior episódio do seriado. Se tira algo de bom de Bugs: Dean tomando um banho com direito a toalha enrolada na cabeça e tudo (hehe) e Sam sabendo um pouco mais sobre John.
1x09 - Home
E então vem Home. Nesse episódio Kim Manners se junta à equipe em definitivo como produtor executivo e a série passa a ter outro enfoque, a ter outro destaque, mesmo que de forma sutil. Manners e Kripke resolvem investir pesado no arco mitológico e na relação familiar. Home nos mostra que os poderes do Sam era algo muito importante, que era ele o enfoque e a causa de toda aquela confusão na família. Home nos mostra um Dean frágil quando o assunto era Mary e tudo que aconteceu em Lawrence. Em Home pudemos comprovar que os poderes do Sam iriam trazer muitas surpresas e muitas revelações.
E foi em Home que Dean mostrou pela primeira vez que toda aquela fortaleza era uma armadura pra esconder sua fragilidade diante de toda tragédia que se abateu sobre sua família. E aqui em Home tivemos uma amostra da importância de John Winchester pra trama de Supernatural, bem como pudemos ver que a pessoa mais sofrida nisso tudo era o próprio John, porque ele perdeu a mulher e a companhia dos filhos. Ele teve que abrir mão de algo muito, mas muito importante pra ele: a sua família.
Tanta coisa aqui em Home abriu caminho pro que estava por vir. Tanta coisa mostrada de forma sutil e que depois foi explicada e começaram a fazer sentido. Tivemos pela primeira vez desde Pilot a presença dos pais deles, a presença de Mary e de John. Sam finalmente descobriu que foi Dean que o carregou pra fora do incêndio. Dean finalmente se mostrou mais que um mulherengo, farrista e caçador. Pudemos começar a notar que Dean tinha muito mais por baixo daquela carcaça de grosseria e falta de noção. Pudemos ver o retorno de John e sua forte ligação com Missouri.
Uma curiosidade recém revelada (isso foi dito no último Paley Fest). Missouri era para ter aparecido novamente no seriado, na verdade o papel que Bobby (Jim Beaver) excerce no seriado seria dado a ela, mas a atriz não estava disponível para tanto quando a produção entrou em contato, e então Jim Beaver seu Bobby Singer entraram em ação.
Home foi do início ao fim uma clara homenagem ao filme Poltergeist, a Stephen King (com aquele macaquinho e as cenas sinistramente familiares na casa), mas acima de tudo foi a mostra triunfal de que Supernatural eram muito mais do que dois marmanjos dentro de um carro caçando monstros e coisas sobrenaturais. Home nos mostrou que a ligação familiar e os mistérios envolvendo os Winchesters era na verdade o eixo central do seriado. Talvez seja por isso que eu deva ter visto esse episódio uma dezena de vezes. Por isso, e claro por Jensen Ackles fazendo isso aqui:
“Dad? I know I've left you messages before. I don't even know if you get 'em... But, I'm with Sam. And we're in Lawrence, and there's something in our old house. I don't know if it's the thing that killed mom or not. But, I don't know what to do... So whatever you're doing, if you could get here... Please. I need your help Dad.”
Porque aquela tremidinha de queixo, nos fundos do posto de gasolina, falando com o pai pelo celular e implorando ajuda, selou de vez meu amor eterno a ele, a Dean Winchester.
Um abraço a todos e até a próxima!!
Fonte: IsLife